Arqueólogo, escritor e militar, o inglês Thomas Edward Lawrence foi uma das mais notáveis personalidades do Século XX. Sua obra prima literária Os sete pilares da sabedoria, é o registro autobiográfico da ação árabe na derrocada do Império turco Otomano. Em 1962 o épico do deserto é levado às telas de cinema. Sob a direção de David Lean, o filme Lawrence da Arábia ganhou sete oscar e a consagração do American Film Institute como um dos dez melhores filmes de todos os tempos.
Escrito originalmente em 1919, Lawrence perde os manuscritos de Os sete pilares da sabedoria na Estação ferroviária de Reading. Uma segunda versão é finalizada no ano seguinte, mas, insatisfeito com o resultado, o autor a destrói. Finalmente em 1926, Lawrence escreve uma terceira versão, revisada por George Bernard Shaw e publicada em uma edição artesanal restrita a amigos e escritores.
É como tenente do serviço secreto inglês que Lawrence inicia, em 1914, sua carreira militar no Oriente Médio. A identificação de Lawrence com a causa árabe, cultivada quando ainda trabalhava como arqueólogo às margens do rio Eufrates, torna-o peça importante da manobra britânica para vencer o Império Turco Otomano, aliado da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Como oficial inglês e grande admirador da cultura árabe, aproxima-se de Faiçal, um dos líderes da revolta e filho do xarife de Meca, Hussein ibn Ali. Seus conhecimentos sobre a geografia local e o exército turco, somados aos ideais de soberania da nação árabe, logo conquistam Faiçal e fazem de Lawrence o conselheiro logístico do movimento, general de um exército de dez mil homens.
Grande articulador, ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais. Uma epopéia que só termina com a tomada de Damasco em outubro de 1918.
Sem demora Lawrence constata o fracasso de seus ideais. Em 1919 torna-se conselheiro da delegação árabe na Conferência de Paz em Paris, onde vê antigas promessas de reconhecimento da soberania da nação árabe serem desfeitas, com a divisão dos territórios árabe. A convite de Winston Churchill participa, em 1922, da Conferência de Cairo, como conselheiro para assuntos árabes. Em 1935, aos 47 anos, o arqueólogo, escritor e militar morre, vítima de um acidente de motocicleta, em Dorset, Inglaterra.
uma frase desse livro:"Todos os homens sonham, mas não da mesma forma. Os que sonham de noite, nos recessos poeirentos das suas mentes, acordam de manhã para verem que tudo, afinal, não passava de vaidade. Mas os que sonham acordados, esses são homens perigosos, pois realizam os seus sonhos de olhos abertos, tornando-os possíveis".
e vejam o (maravilhoso) filme dirigido por David Lean, feito em 1962, com um elenco de encher os olhos: peter o'toole, omar sherif, alec guinness...
mais sobre o filme: http://www.imdb.com/title/tt0056172/
kisses a tds!!
não li o livro... mas o filme é soberbo!