São tardes longas que nem a noite esperam.
São apenas tardes frias e longassem lagartixas nos muros
pretensamente austeros de pedra solta.
Tardes hirtas e esquálidas
como os santos de El Greco
porém a preto e branco
que sépia é ousadia.
Como são velhas estas tardes.
Atravessaram o cristal da estepe
desgrenhadas pelo vento
amarrotadas pelo rolar do tempo.
Chegaram e marcaram lugar
do lado de lá do vidro frio das janelas.
Pobre de quem contempla
o banco frio onde se alonga a tarde.
[Anne M. Moore]