Existem muitas palavras que podem tentar definir o cinema de John Waters. Bizarro, anticonvencional, estranho, anormal, pornográfico, cômico... na verdade este diretor e roteirista.
Nascido em Baltimore, Waters, que começou a fazer filmes undergrounds ainda adolescente, tira de sua cidade natal quase todo seu elenco e as locações de suas produções. Seu primeiro filme, de 1964, foi ''Hag in a Black Leather Jacket'' (traduzindo, ''bruxa em jaqueta de couro preta''), curta-metragem de 17 minutos que mostra o casamento de um homem negro com uma garota branca, sendo que um membro da Klu Klux Klan se apresenta durante a cerimônia. Filmado em 8MM, foi exibido somente uma vez, rendendo trinta dólares, o suficiente para o diretor ter lucro.
Depois de várias produções de baixo custo e temas trash (entre elas ''Pink Flamingos'', clássico do gênero alternativo, que tinha um travesti no papel principal e depois vinha a ser seu parceiro para sempre), Waters começou a ser reconhecido mundialmente com ''Hairspray - E Éramos Todos Jovens'', comédia que se passa durante a década de 60 e mostra o avanço social de uma jovem gordinha quando esta entra como dançarina permanente de um show de TV de música. O tema mais recorrente de seus filmes é o de algum outsider ou de uma figura que se destaca na sociedade, especialmente nas pequenas cidades norte-americanas. Waters adora realçar suas críticas com exageros, tendo criado um estilo de filmagem.
Além de ''Hairspray'', outros três filmes de Waters estão em vídeo no Brasil: ''Cry-Baby'', sátira aos costumes da década de 50 estrelada por Johnny Depp, ''Mamãe É de Morte'', comédia pesada que mostra a excessiva cobertura da mídia aos assassinatos em série de uma mãe de família (Kathleen Turner) e ''O Preço da Fama'', comédia com Edward Furlong (o garoto de ''O Exterminador do Futuro 2'') que mostra as aventuras de um jovem fotógrafo que atinge fama nacional.
retirado do: e-pipoca
divino!!